Sábado, 26 de outubro, a Liverpool Hope
University acolheu 400 pessoas para a celebração do 50° aniversário da chegada
do Movimento dos Focolares na Inglaterra.
Em Liverpool, onde foi
aberto o primeiro centro dos Focolares na Inglaterra, reuniu-se na Liverpool Hope University
400 pessoas de várias Igrejas, confissões religiosas e não, provenientes de
Liverpool, Leeds, Newcastle e Gales, de todas as idades. O objetivo foi
recordar os 50 anos da presença do Movimento no país.
Um pouco de história: o Canônico Bernard Pawley, ao regressar do Concílio Vaticano II onde
tinha participado como observador, sugeriu ao Decano da Catedral Anglicana de
Liverpool convidar a fundadora do
Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, para falar na
catedral a um grupo de sacerdotes anglicanos. Precedentemente, ele mesmo tinha
feito esta proposta a Paulo VI, numa audiência privada, obtendo a aprovação.
Como recordou aos
presentes a reverenda Kirsty Thorpe, moderadora da Igreja Reformada Unida, o
contexto ecumênico que acolheu Chiara, em novembro de 1965, numa cidade
conhecida pelas suas diferenças, era bem distinto do atual: “É fácil para nós, …não perceber o quanto
foi insólito aquele acontecimento. Naquela época, já era raro que uma mulher
falasse para um grupo de homens. Além disso, em 1960, o clero não estava
habituado a sentar-se para ouvir uma pessoa leiga como o principal relator…”.
Naquele dia, 17 de
novembro, no seu
diário Chiara observou o significado do nome da rua Hope Street, que liga a
catedral anglicana à catedral católica, e exprimiu uma oração que lhe veio do
coração: “Que por meio da fé, as
‘montanhas’ da incompreensão entre as igrejas possam ser transpostas” (Mt
17,20).
Professor Gerard Pillay
Também hoje a palavra
“esperança” (hope) continua a unir os Focolares a Liverpool. No seu discurso durante a
celebração, o professor Gerard Pillay,
vice-reitor da Liverpool Hope University, recordou que o último doutorado
honorário conferido pela sua Universidade foi entregue em março de 2008, a
Chiara, dois meses antes da sua morte. O título foi em Teologia, como
reconhecimento pelo seu trabalho no campo do diálogo ecumênico [http://va.mu/dcYp], inter-religioso
[http://va.mu/dcYq] e com a cultura
contemporânea [http://va.mu/dcYr].
Afirmou ainda que o
Movimento “não é uma instituição que trabalha para a
construção de um império, mas que faz parte da difusão do bem no mundo. Chiara
Lubich, desde o início, olhou sempre para fora”. Lembrou também as palavras
do Patriarca ecumênico Bartolomeu: “Existem algumas pessoas cujas vidas tocam
de modo tão universal as vidas dos outros, que, depois da sua morte, permanecem
como uma inspiração da graça. Uma vida assim, uma vida digna de ser imitada e
que vale a pena recordar, é a de Chiara Lubich”.
Também traçou a forte
ligação entre a Hope University e o carisma dos Focolares individualizada no “nosso empenho ecumênico… É uma
característica da Universidade pela qual estamos todos gratos… Chiara Lubich
acreditou que o diálogo é a estrada privilegiada para promover a unidade na
Igreja, entre as religiões e as pessoas sem uma referência religiosa, sem
sincretismo. Não significa fazer uma mistura para tornar tudo mais atraente. É
uma abertura em relação a todas as pessoas, permanecendo fiéis à própria
identidade. Esta é a profunda sabedoria da sua visão”.
Fonte: http://www.focolare.org/pt/
9 Novembro 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário