Teve início nesta terça-feira (19), no
Vaticano, a Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais. Até sexta-feira,
os participantes debaterão a situação dos cristãos orientais com referência a
três áreas: o Oriente Médio, a Europa Oriental e a Índia, e as respectivas
comunidades da diáspora.
Em várias épocas, após o Concílio de Calcedônia
(451) e após o Grande Cisma de 1054, verificaram-se tentativas de encontros e
contatos entre as Igrejas separadas (II Concílio de Lyon, 1274 e Concílio de
Florença, 1438-39). As Igrejas Católicas Orientais, mesmo mantendo a sua
própria constituição e espiritualidade, as particularidades do Direito
Canônico, a possibilidade do matrimônio para o clero, os ritos e a liturgia próprios,
reconheceram o primado do Papa.
Esta condição das Igrejas Católicas Orientais
foi objeto de polêmicas e seguidamente influenciou negativamente o caminho
ecumênico, pois eram acusadas de terem abandonado as suas Igrejas Mães, às
vezes também por questões políticas. Elas, no entanto, se consideram a
continuação normal de e grupos que, dentro das Igrejas Ortodoxas, sempre se
sentiram em comunhão com Roma. No seu interior, existem cinco ritos, segundo a
tradição litúrgica: Rito Bizantino, Rito Sírio-Oriental ou Caldeu, Rito
Sírio-Ocidental e Maronita, Rito Armênio e Rito Alexandrino.
Atualmente, na Igreja Católica, além da Latina,
existem 22 Igrejas ‘sui iuris’, pertencentes a estas cinco Tradições Orientais
(O Exarcado Apostólico da Sérvia e Montenegro não está elencado no Anuário
Pontifício entre as Igrejas ‘sui iuris’, não obstante sejam consideradas como
tal por alguns).
As Igrejas de Tradição Alexandrina são a Igreja
Patriarcal Copta e a Igreja Metropolita sui iuris Etiópica. As de Tradição de
Antioquia são a Igreja Patriarcal Síria, a Igreja Patriarcal Maronita e a
Igreja Sírio Malankarese. Já a Igreja Patriarcal Armena insere-se na Igreja de
Tradição Armena. Das Igrejas de Tradição Caldéia fazem parte a Igreja
Patriarcal Caldéia e a Igreja Arcebispal Maior Sírio-Malabarense. As Igrejas de
Tradição Bizantina são a Igreja Patrialcal Melquita, a Igreja Arcebispal Maior
Ucraniana, a Igreja Arcebispal Maior Romena, a Igreja Metropolitana sui iuris
Rutena, a Igreja Metropolitana sui iuris Slovaca, a Igreja sui iuris Albanesa,
a Igreja sui iuris Bielorussa, a Igreja sui iuris Búlgara, a Igreja
Greco-Católica sui iuri Croata, a Igreja sui iuri Grega, a Igreja sui iuris
Ítalo-Albanesa, a Igreja sui iuris Macedônia, a Igreja sui iuri Russa e a
Igreja sui iuris Húngara. (JE)
Fonte: Rádio Vaticana –
2013/11/19
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